É interessante como é uma questão
de acreditar ou não. Você simplesmente acredita, e tem uma alma. Você não
acredita, e, portanto, não tem uma alma. O difícil é que ocorre uma questão de
impor crendices e sentimentos que movem o crescimento humano de cada um, que
torna o crer e não crer, algo sujeito a julgamentos negativos e preconceituosos.
Acreditar em Deus é uma escolha,
não uma obrigação.
Acreditar que os gatos são
criaturas iluminadas espiritualmente, é uma escolha, não necessariamente uma
verdade.
Assim como acreditar que se é
amado, é uma maneira de ver, não necessariamente uma realidade. Afinal, é tão
bom acreditar naquilo que faz bem...
Julgar-se certo por ter um
raciocínio voltado para o ceticismo, é julgar-se melhor do que os outros ou
mais inteligente, por simplesmente acreditar em algo que os outros não
escolheram acreditar, e que você, por algum motivo específico, julga ser o certo.
Julgar-se mais evoluído por
acreditar no poder do pensamento positivo, não o torna melhor do que ninguém.
O julgar-se pode ser
perigoso.
É como enxergar somente aquilo
que se pode entender e aceitar. É limitar-se ao próprio raciocínio.
Se alguém acredita em alma, em
energias positivas e negativas, ou se alguém acredita que o Sol e a Lua são
Deuses, não importa. Muito menos importa se alguém escolhe não acreditar em
nada, e ter o universo como inspiração para seus pensamentos e escolhas.
O que importa é saber que não se
deve impor uma crença ou opinião. Mas sim que se deve saber aceitar e conversar
sobre, utilizando-se do raciocínio que Deus, o Sol, os Gatos, Buda, ou/e a
genética, a vivência, entre outros demais que possam ser a origem de tudo para
cada um, nos “deu”.
Uma pessoa que sabe ouvir, sem
dúvida sabe falar também.
Mas uma pessoa que não sabe
ouvir, falará somente aquilo que for fruto da sua imaginação, aquilo que mantém
a sua ilusão de que tudo que ela fala é certo, não importa o que o outro diga.
Afinal, o que é a vida, se não
uma miragem daquilo que cada um carrega em seu deserto pessoal?
Vamos viver cada um a sua
miragem, vamos acreditar naquilo que melhor mantém a pouca água que nos resta?
Não dá para forçar o outro a
beber da sua água cética.
Não dá para forçar o outro a
beber da sua água feita de fé.
Mas dá para viver em acordo, cada
um com a sua água, seja ela como for.
O necessário é que ela o mantenha
vivo.
Cada um só para se viver.
Mas que não falte amor.
Que não falte paz.
Que não falte sabedoria para
ouvir e falar.
Que não falte um “terceiro olho”
capaz de ver o que os dois que temos, muitas vezes, não conseguem.
Que as miragens não sejam
destrutivas, e que água de cada um nunca se esgote.
Que o deserto de cada um possa
ser habitado por outras águas, que estas águas sejam céticas, que sejam feitas
de fé, mas que principalmente, não causem doenças, não impeçam a evolução, e
que demonstrem que viver é mais do que saber, é também acreditar, saber ouvir e
falar.
Agarre-se ao que você acredita,
mas não permita que o seu raciocínio o impeça de caminhar por outros desertos.
Assista ao vídeo abaixo, e
imagine-se agarrando somente aquilo que julga ser o necessário e correto. Veja
o final, e pense sobre.
Um feliz mês dezembro.