É
possível que alguém seja um bom conselheiro mesmo quando é consultado sobre os
assuntos em que, pessoalmente, não tem sido bem sucedido?
É curioso, mas isso pode acontecer: uma pessoa pode ter o dom de
"dar" ao outro uma visão de bom senso que não costuma ter para uso
próprio!
Uma pessoa pode ser bom conselheiro sentimental para seus amigos; porém, ao
avaliar sua condição, não conseguir se valer da mesma sabedoria.
Muitos são os que se dedicam mais aos outros do que
a si mesmos: só conseguem dar para terceiros, como se cuidar de si fosse um
crime grave.
Ser incapaz de cuidar de si e só se dedicar aos
outros não é ser virtuoso: tamanha generosidade desequilibra demais a balança
da justiça.
Quando alguém dá demais aos outros está sendo
injusto consigo e reforçando a pior parte da alma daqueles que são
"vítimas" de sua dedicação!
Flávio Gikovate
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