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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O VICIADO E A "HEROINA"...


Esses dias eu estava lendo uma matéria da Super interessante que falava da ciência por trás do amor, e tinha um trecho que dizia assim: “Como saber se está apaixonado? Você vai ficar meio aéreo, passar a comer e dormir menos e ficar horas e horas pensando na pessoa amada – um comportamento compulsivo, similar ao dos viciados em drogas. É isso mesmo: o neurotransmissor da paixão, a dopamina, é o mesmo envolvido nos casos de dependência química”. Depois de ler esse texto fiquei aliviado. Pensei que estava doente, mas a verdade é que estou apaixonado!
É engraçado como tudo muda. Você age de formas estranhas, pensa de formas estranhas e sente de formas estranhas. Não se consegue ser racional, apenas emocional. Isso me deixa doido; às vezes me arrependo do que disse ou não disse, fiz ou não fiz. É complicado, mas é muito bom!
Tudo te lembra a pessoa. Um cheiro, uma música, uma palavra, um restaurante, uma parede, celular, tijolo, bola, TV, caneta, papel, o Cruzeiro do Sul ou a Constelação de Escorpião... enfim: tudo! É indescritível! Você fica rindo sozinho aonde quer que vá, como um drogado em momento de êxtase. Muitas vezes tenho que me controlar para não agir como idiota, mas é difícil. Agora mesmo estou agindo como um, escrevendo na madrugada sem saber ser correspondido da mesma forma.
Nunca havia me sentido assim antes. Você pode passar o dia inteiro com a pessoa, mas quando chega em casa já tem vontade de ligar. Meu racional fala: “não liga, desgruda. Se faz de difícil". Mas numa luta de idéias, acabo ligando. Não sei explicar e nem quero. A ciência sempre tenta estragar a beleza da vida! E como já dizia Drummond: “se você sabe explicar o que sente, não ama, pois o amor foge a todas as explicações possíveis".
Quando se ama não importa o quão triste ou em perigo você esteja, só é preciso uma dose (um sorriso, uma palavra, um olhar ou um beijo) da “heroína” e tudo parece ficar a salvo.

Israel Alves

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