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sábado, 1 de janeiro de 2011

TEMPO...


Hora das perguntas! Você sabe quantos minutos e segundos tem um dia? Uma semana? E um ano? Pergunta estranha? Sim e não.

Há 525.600 minutos em um ano. Eu, você e qualquer um neste planeta recebe diariamente um presente inestimável. Seu nome é tempo. Cada dia de nossas vidas é presenteado com 24 horas desse artigo intangível, para o usarmos como nos convier. Quer você seja rico ou pobre, jovem ou velho, branco, marrom, amarelo ou de bolinhas, todos recebemos a mesma porção diária: vinte e quatro horas. É uma divisão igualitária. E justa.

A vida pode ser comparada a uma ampulheta, onde cada segundo encapsula sua vida, desde o primeiro fôlego até seu último suspiro. Essa ampulheta funciona até seu tempo terminar, até o final do jogo da vida. E sua vida acaba sendo o resultado total de como você emprega seu tempo.

Muitas pessoas acreditam que existe uma contabilidade quando o jogo termina. Essa contabilidade tabula o resultado do que você fez da sua vida. Você fez parte da solução ou do problema? Minimizou ou exacerbou os desafios? Na contabilidade final, os bens, status e saldos bancários não contam. A única coisa relevante é a maneira que você escolheu para utilizar o tempo que recebeu ao nascer.

Você tem exatamente o tempo que lhe foi destinado, nem mais, nem menos. Como diz o ditado, “é usá-lo ou perdê-lo”. Sua vida consiste na soma total das escolhas relativas à utilização do tempo. E é lógico que o nível de sucesso que você atinge na vida vai depender diretamente da sensatez com que você utilizou seu tempo.

A maioria de nós pode olhar ao redor e encontrar lembranças de nossas boas intenções, coisas que nunca chegamos a fazer para alcançar determinado objetivo. Aquela esteira ou bicicleta ergométrica estão empoeiradas. O piano, cujo objetivo era preencher nossos sonhos musicais, permanece silencioso num canto da sala. Os livros, empilhados no criado-mudo esperando para serem lidos.

O tempo é valioso como o dinheiro porque é limitado; recebemos uma quantidade finita dele. Se você desperdiça ou perde tempo, estará quebrado, da mesma forma que está se administra mal suas finanças. O tempo é gratuito, e você não tem débito de tempo como tem débitos financeiros. Não pode multiplicá-lo; ele não inflaciona nem deflaciona. Tempo desperdiçado ou perdido pode ser um fator que contribui para sua preocupação monetária, mas não estará no demonstrativo da sua conta corrente, nem de seu inventário.

Se você mata o tempo, pode ser considerado um criminoso? Pode ser preso por usar mal este bem intangível? Pode ser sentenciado por este “crime”? Você pode emprestar horas de amanhã para usar hoje, como se pode emprestar dinheiro por conta dos ganhos de amanhã? Pode transferir sua mesada de tempo, dizendo “farei isso quando tiver mais tempo?” Você nunca terá mais tempo, pois tempo não é como dinheiro; ele é mais ardiloso e mais precioso que o vil metal. O tempo só pode ser gasto, e uma vez gasto não pode, nunca, ser recobrado.

Só conseguimos crescer se aprendermos a moldar nossas vidas dentro dos limites do tempo, e é somente usando o tempo adequadamente que conseguimos ter controle sobre nós mesmos. Um dos melhores métodos para isso é estabelecer metas a longo e curto prazo. O que queremos atingir? Que passos devemos dar hoje para preencher o objetivo de amanhã?

Use cada minuto porque, se não o fizer, você irá perdê-lo! E o tempo que perder hoje será perdido para sempre. Como o tempo perdido não volta jamais, agora é a melhor hora para fazer as coisas que lhe são importantes. Como dizia o poeta Horácio,
“Aproveite o dia!”.

Daniel Carvalho Luz, autor dos livros "Insight", vols. 1 e 2

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