Foi num dia 7 de
setembro, no século XIX. A História encheu de magia o gesto espontâneo de um
imperador amante do Brasil.
E Laços fora! E
Independência ou morte! São frases repetidas, dramatizadas, recordadas a cada
novo Sete de Setembro.
Desfiles
militares, hasteamento da bandeira, execução do Hino Nacional se sucedem em
rememoração à Independência do Brasil.
Olhando para as
ruas do meu país, nesse festejar de 187 anos de independência, me surpreendo
com os desejos de minha alma patriota.
Da alma que
assiste o pavilhão nacional tremular ao vento, mostrando as cores vibrantes que
falam de verdura, riqueza, um céu de estrelas, ordem e progresso.
Quero um país
independente, uma nação livre. Livre da corrupção, da desonestidade e do
compadrio.
Livre das
drogas, das armas de guerra e dos discursos vazios, da violência de todas as
cores.
Quero um país
onde as crianças possam sair à rua, para suas brincadeiras, sem medo de
sequestros.
Possam ir à
praia, ao campo, jogar futebol na quadra da esquina, sem que tenham de se
esquivar de balas perdidas.
Eu quero um país
onde se respeite o idoso, não porque ele não tenha a destreza da juventude, mas
porque nele se reconheça a experiência dos anos vividos e das contribuições à
sociedade por largos anos de trabalho.
Eu quero um país
sem medo do amanhã. Um país que tenha os olhos no futuro e, por isso, invista
na formação do cidadão.
Um país com escolas,
bibliotecas e museus, franqueados a todos.
Um país que
preze seu passado e nunca esqueça dos seus heróis.
Dos heróis que
defenderam suas fronteiras, com armas, com leis, com a vida e com a voz. Dos
heróis de todos os dias, de todas as raças, que deixaram seu torrão natal e
adotaram uma nova pátria.
Dos heróis que
suaram sangue, trabalharam duro, desbravaram matas, criaram filhos.
Dos heróis que a
História venera. Dos heróis que deram sua vida pelo ideal de uma nação sem
escravidão. Uma nação de irmãos.
Eu quero um país
responsável, onde os governantes sejam conscientes de seus deveres.
E onde o povo
eleja seus representantes, não iludidos por promessas utópicas, mas porque
conhecem a vida honrada do candidato e suas propostas maduras, coerentes, viáveis
de aplicação a curto, médio e longo prazos.
Eu quero um país
justo, que ampare a quem trabalhe, não àquele que somente sabe enumerar
pretensos direitos.
Um país que
proteja seus filhos preserve suas riquezas, distribua seus bens.
Um país de paz.
Um país de luz.
O país que eu
quero não é irreal, nem impossível.
Ele somente
depende de mim, de você, de cada um dos seus mais de 180 milhões de habitantes.
Pensemos nisso,
hoje, agora, enquanto os versos do Hino pátrio nos exortam a agradecer a Deus
por um país tão vasto, tão rico, tão maravilhosamente pleno de belezas naturais
e oportunidades de progresso.
Redação do Momento Espírita. Disponível no livro
Momento Espírita, v. 8, ed. Fep.
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