Cada
existência no corpo físico é oportunidade bendita de aprendizado e crescimento.
Nesta
escola, chamada Terra, estagiamos em todos os continentes, dentro do seio das
várias raças, experimentando os mais variados costumes sociais.
Quando
nascemos dentro de um lar brasileiro, aprendemos as lições de vida que o Brasil
nos propicia. Temos liberdade religiosa, liberdade de expressão, liberdade no
vestir, na escolha da profissão.
Aprendemos
a ser solidários, a ser um povo gentil, alegre, vivendo num país banhado pelo
oceano e ensolarado quase o ano inteiro.
Numa
outra reencarnação, as leis divinas nos conduzem a outro país, para que
aprendamos novas lições.
E aí
nascemos em algum país da Europa onde o sol se esconde boa parte do ano. Teremos
que conviver com o frio intenso e com os dias cinzentos por vários meses.
Aprenderemos
a cultivar outros valores, outras maneiras de viver, outro jeito de ser.
E as
leis nos direcionam a um país árabe. Aprenderemos a conviver com uma cultura
bem diferente; com a pouca liberdade da mulher, com a rigidez na educação dos
filhos; com as várias restrições e costumes característicos.
Depois
iremos estagiar no Japão, na Índia, na África, e aprenderemos a amar outras
tantas pátrias, outras tantas raças, outros tantos irmãos em humanidade.
Desenvolveremos
nossa capacidade de amar num lar norte-americano, num lar soviético, numa
família iraquiana, num lar australiano...
Passaremos
por momentos de dor e alegria e abriremos em nossos corações um espaço para o
amor que abrange todos os povos...
É por
essa razão que muitos alemães sentem grande afeto pelo Brasil, pelo povo
brasileiro.
É por
essa razão que muitos árabes e japoneses nutrem amor por nossa pátria.
Não é
por outro motivo que muitos brasileiros guardam especial carinho pelo povo
africano, alemão, soviético, e por outros tantos povos.
E é
assim que vamos estendendo nossos laços de afeto pela humanidade inteira. É
assim que, quando alguma tragédia acontece num desses países em que já vivemos,
nós sentimos como se fosse com nosso próprio país.
Quando
vemos as guerras cruéis infelicitando os povos distantes, nossos corações se
entristecem como se fosse com nosso próprio povo.
Dessa
forma, estagiando ora aqui, ora ali, vamos aprendendo todas as lições e retendo
o que há de melhor para nossa evolução, como espíritos imortais que somos.
Chegará
o dia em que nosso amor abrangerá a humanidade inteira, independente de raça,
de posição social ou de religião.
E nesse
dia não haverá mais guerras, nem disputas, e a verdadeira fraternidade será uma
realidade entre todos os povos.
Não
haverá mais a subjugação do mais fraco pelo mais forte, e todas as nações serão
solidárias.
É assim
que Deus governa os mundos. E a reencarnação é a prova do amor divino pelos
Seus filhos, conduzidos ao palco da Terra tantas vezes quantas sejam
necessárias.
É assim
que, estagiando no seio de todos os povos, aprenderemos a amar, sem distinção,
a raça humana.
***
Nesta
imensa escola chamada terra, há alunos em diferentes estágios de aprendizado.
Alguns
já aprenderam as lições básicas do respeito à vida e ao semelhante.
Outros
ainda estão por aprender o b-a-bá da fraternidade.
Mas
muitos já estão ensinando, através do próprio exemplo, o amor incondicional que
um dia será a tônica desta pequena escola chamada terra.
Equipe de Redação do Momento
Espírita, baseado em palestra proferida por Raul Teixeira na cidade de
Cascavel-PR, no dia 14/09/01.
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