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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A ARTE DE DIZER “NÃO SEI”

Não sei
 “Se você ainda não sabe qual é a sua verdadeira vocação, imagine a seguinte cena:
Você está olhando pela janela, não há nada de especial no céu, somente algumas nuvens aqui e ali. Aí chega alguém que também não tem nada para fazer e pergunta:
- Será que vai chover hoje?
Se você responder “com certeza”… a sua área é Vendas:
O pessoal de Vendas é o único que sempre tem certeza de tudo.

Se a resposta for “sei lá, estou pensando em outra coisa”… então a sua aérea é Marketing:
O pessoal de Marketing está sempre pensando no que os outros não estão pensando.

Se você responder “sim, há uma boa probabilidade”… você é da área de Engenharia:
O pessoal da Engenharia está sempre disposto a transformar o universo em números.

Se a resposta for “depende”… você nasceu para Recursos Humanos:
Uma área em que qualquer fato sempre estará na dependência de outros fatos.

Se você responder “ah, a meteorologia diz que não”… você é da área de Contabilidade:
O pessoal da Contabilidade sempre confia mais nos dados do que nos próprios olhos.

Se a resposta for “sei lá, mas por via das dúvidas eu trouxe um guarda-chuvas”:
Então seu lugar é na área Financeira que deve estar sempre bem preparada para qualquer virada de tempo.

Agora, se você responder “não sei”…há uma boa chance de que você tenha uma carreira de sucesso e acabe chegando à diretoria da empresa.

De cada 100 pessoas, só uma tem a coragem de responder “não sei” quando não sabe.
Os outros 99 sempre acham que precisam ter uma resposta pronta, seja ela qual for, para qualquer situação.
“Não sei” é sempre uma resposta que economiza o tempo de todo mundo, e pré-dispõe os envolvidos a conseguir dados mais concretos antes de tomar uma decisão.
Parece simples, mas responder “não sei” é uma das coisas mais difíceis de se aprender na vida corporativa.
Por quê?
Eu sinceramente “não sei”.

Concordo que o não sei é difícil de aprender. Parece que ao dizer não sei somos burros, ignorantes ou até prejudicados em nosso próprio eu, nossa própria essência.
Ledo engano.
Muitas vezes o não sei pode ser um bom exercício com a equipe.
Vamos tentar descobrir uma resposta juntos? Esta é a segunda pergunta depois de um não sei.
Como pré-conceituamos as coisas, não é mesmo? Alguém com respostas prontas parece pronto, enquanto quem diz não sei parece que nada sabe… Parece, eu disse. Um não sei pode demonstrar alguém que pensa, que não quer dar uma resposta precipitada, ou mais, alguém que daquele conhecimento não sabe, o que não quer dizer que não sabe nada.
Uma frase de Albert Einstein retrata bem isto: “Todo mundo é um gênio (um talento), mas quem julgar um peixe por sua capacidade de subir em árvores passará a vida inteira acreditando que o peixe é um idiota.”
Vamos buscar mais os porquês para os “não sei” da vida corporativa e tentar deixar respostas prontas para quem faz jogo de palavras na música, certo?
Não precisamos de mestres sabichões. Precisamos de pessoas que pensem o processo e o porque estão fazendo isto ou aquilo, mesmo que para poderem pensar possam primeiro afirmar: Não sei.
Que seja um não sei, ainda, portanto.


O texto é atribuído a Antonio Ermínio de Moraes (não tenho certeza), mas é bastante inspirador.

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