Eis a sublime estupidez do mundo:
quando nossa fortuna está abalada – muitas vezes pelos excessos de nossos
próprios atos – culpamos o sol, a lua e as estrelas pelos nossos desastres;
como se fôssemos canalhas por
necessidade, idiotas por influência celeste; escroques, ladrões e traidores por
comando zodíaco; bêbados, mentirosos e adúlteros por forçada obediência a
determinações dos planetas;
como se toda a perversidade que
há em nós fosse pura instigação divina.
E a admirável desculpa do homem
devasso – responsabilizar uma estrela por sua devassidão.
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