Ao desalojar as ilusões que nos aprisionam,
ao abrir mão das expectativas infundadas, passamos a enxergar o que de fato
pode nos pertencer.
A insistência em perseguir o que não temos priva-nos de perceber o que
já nos foi dado. Desistir também pode ser exercício de amor-próprio.
Movidos pelas paixões ficamos impossibilitados de tocar a verdade do
outro. Ninguém é obrigado a corresponder ao que dele imaginamos.
Um dos aspectos que mais evidencia a evolução
de um ser humano, é a perda da necessidade de se mostrar melhor que os outros.
O amor só se confirma depois da decepção. Antes disso pode ser mera
projeção, postura infantil de querer no outro o que deveria ter em si.
Padre Fábio de Melo
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