sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
É MUITO DIFÍCIL AMAR EM COMUM, ODIAR É UMA FACILIDADE...
Na minha
experiência como professor, as salas de aulas são divididas em grupos
incomunicáveis e mutuamente hostis, que se agrupam por renda, forma física,
melanina e opção sexual. Não se falam, não se gostam riem quando um entra e
debocham um dos outros.
Eis
que um professor da nota baixa e se torna um inimigo de todos, imediatamente as
panelas de pressão rompem o lacre e todos dão as mãos contra aquela besta do
apocalipse que os prejudicou; um emenda a fala do outro, porque agora eles
tem o que odiar em comum. E tendo alguém para odiar em comum nós somos todos
irmãos.
É
muito difícil amar em comum, nós tentamos, nos esforçamos, agora odiar é uma
facilidade.
Leandro
Karnal
...
As pessoas gostam de dizer “não temos terremotos, não temos furações, não temos tufões”. E as pessoas mais cínicas dizem “já temos os políticos! Deus não quis aumentar o número de desgraças que o país teria, e se deu ao Japão tufões e terremotos, a nós deu o senado e a Câmara dos Deputados”.
Leandro Karnal
DEZ MANDAMENTOS DO PROFESSOR...
A sabedoria do mais influente
legislador do Ocidente, Moisés, sintetizou uma concepção de mundo em Dez
Mandamentos. Como bom educador, o ex-príncipe do Egito sabia que longos códigos
são de difícil acesso. Curioso notar que constituições muito breves, como a
norte-americana, passam dos dois séculos e constituições prolixas, como todas
as brasileiras, caducam em prazos muito curtos.
Inspirados neste exemplo,
elaboramos os Dez Mandamentos do Professor. Estes dez mandamentos são fruto de
uma experiência particular e não se pretendem eternos ou válidos em qualquer
ocasião. Gostaria apenas de fornecer a colegas, como você leitor, uma reflexão
particular, que possa ser aprofundada, reinterpretada ou rejeitada de acordo
com a sua experiência.
O que me levou a pensar nestes
princípios é a mesma angústia que assola qualquer educador: como ser um bom
profissional, ensinar, transformar meu aluno e fazer parte desta transformação?
Como superar o tédio dos meus alunos, a indisciplina, a irrelevância de algumas
coisas que faço e meu próprio cansaço? Como não considerar a sala um fardo e o
relógio um inimigo? Como parar de achar que só vivo a partir do fim-de-semana?
A partir destes questionamentos, você está permanentemente convidado a adensar
ou criticar, fazer seus outros dez ou sintetizar a dois ou três, pois, quem
acha que pode melhorar a aula que dá, já começou a viver educação. E quem não
acha que pode? Bem, deixa para lá! Ensinar não é a única profissão do mundo…
-PRIMEIRO
MANDAMENTO: CORTAR O PROGRAMA!
Quase todas as disciplinas
foram perdendo aulas ao longo das décadas anteriores. Não obstante, os
programas nem sempre acompanharam estes cortes. Pergunte-se: isto é realmente
importante? Este conteúdo é essencial? Não seria melhor aprofundar mais tais
tópicos e menos outros? Se a justificativa é a pressão do vestibular, ela não
pode ocupar 11 anos de Ensino Médio e Fundamental. Se a justificativa é uma
regra da escola ou um coordenador obsessivo, lembre-se: o Diário de Classe
sempre foi o documento por excelência do estelionato. A coragem da grande
tesoura é essencial. Dar tudo equivale a dar nada. Ensinar a pensar não implica
esgotar o conhecimento humano.
-SEGUNDO
MANDAMENTO: SEMPRE PARTIR DO ALUNO!
Chega de lamentar o aluno que
não temos! Chega de lamentar que eles não leem, a partir de uma nebulosa
memória do aluno perfeito que teríamos sido (nebulosa e duvidosa). Este é o meu
aluno real. Se, para ele, Paulo Coelho é superior a Machado de Assis e baile
Funk é superior a Mozart, eu preciso saber desta realidade para transformá-la.
Se ele é analfabeto devo começar a alfabetizá-lo. Se ele está no Ensino Médio e
ainda não domina soma de frações de denominadores diferentes devo estar atento:
esta é minha realidade. A partir do zero eu posso sonhar com o cinco ou seis. A
partir do imaginário da perfeição é difícil produzir algo. A Utopia, desde
Platão e Thomas Morus, tem a finalidade de transformar o real, nunca de
impossibilitá-lo.
-TERCEIRO
MANDAMENTO: PERDER O FETICHE DO TEXTO!
Em todas as áreas, em especial
nas humanas, os alunos são instigados quase que exclusivamente ao texto. Num
mundo imerso na imagem e dominado por sons e cores, tornamos o texto central na
sala de aula. Devemos estar atentos ao uso de imagens, música, sensorialidades
variadas. O texto é muito importante, nunca deve ser abandonado. Porém, se o
objetivo é fazer pensar, o texto é apenas um instrumento deste objetivo maior.
Há pessoas que pensam e nunca leram Camões e há quem saiba Os Lusíadas de cor e
não pense… Lembre-se de que há outros instrumentos. A sedução das imagens deve
ser uma alavanca a nosso favor, nunca contra. Usar filmes, propagandas,
caricaturas, desenhos, mapas: tudo pode servir ao único grande objetivo da
escola: ajudar a ler o mundo, não apenas a ler letras.
-QUARTO
MANDAMENTO: POSSIBILITAR O CAOS CRIATIVO.
Fomos educados a um ideal de
ordem com carteiras emparelhadas e, mesmo no fundo do nosso inconsciente, este
ideal persiste. Qual professor já não teve o pesadelo de perder o controle
total de uma sala, especialmente na noite mal dormida que antecede o primeiro
dia de aula? Devemos estar preparados para o caos criador e para o lúdico.
Alunos andando pela sala, trocando fragmentos de textos ou imagens dados pelo
professor, discussões, encenações, o professor recitando uma poesia ou mandando
realizar um desenho: tudo pode ser canal deste lúdico que detona o caos
criativo. Surpreenda seus alunos com uma encenação, com um silêncio, com um
grito, com uma máscara. Uma sala pode estar em ordem e ninguém aprendendo e
pode estar com muitas vozes e criando ambiente de aprendizado. Lembre-se o
silêncio absoluto é mais importante para nós do que para os alunos. É difícil
vencer a resistência dos colegas e da própria escola a isto. Lógico que o
silêncio também deve ser um espaço de reflexão, mas é possível pensar que há
valor num solo gentil de flauta, numa pausa ou num toque retumbante de 200
instrumentos.
-QUINTO
MANDAMENTO: INTERDISCIPLINAR!
Assim mesmo, entendido o
princípio como um verbo, como uma ação deliberada. É fundamental fazer
trabalhos com todas as áreas. Elaborar temas transversais como o MEC pede e, ao
mesmo tempo, libertar o aluno da ideia didática das gavetas de conhecimento.
Não apenas áreas afins (como História e Geografia) mas também Literatura e
Educação Física, Matemática e Artes, Química e Filosofia. É preciso restaurar o
sentido original de conhecimento, que nasceu único e foi sendo fragmentado até
perder a noção de todo. O profissional do futuro é muito mais holístico do que
nós temos sido até hoje.
-SEXTO MANDAMENTO:
PROBLEMATIZAR O CONHECIMENTO.
Oferecer ao aluno o cerne da
ciência e da arte: o problema. Não o problema artificial clássico na área de
exatas, mas os problemas que geraram a inquietude que produziu este mesmo
conhecimento A chama que vivou os cientistas e artistas é transmitida como um
monumento inerte e petrificado. Mostrem as incoerências, as dúvidas, as
questões estruturais de cada matéria. Mostrem textos opostos, visões distintas,
críticas de um autor ao outro. Nunca fazer um trabalho como: “O Feudalismo” ou
“O Relevo do Amapá”; mas problemas para serem resolvidos. Todo animal (e, por
extensão, o aluno) é curioso. Porém, é difícil ser curioso com o que está
pronto. Sejamos francos: se é tedioso ler um trabalho destes, qual terá sido o
tédio em fazê-lo?
-SÉTIMO
MANDAMENTO: VARIAR AVALIAÇÕES.
Provas escritas são válidas,
como a vitamina A é válida para o corpo humano. Porém, avaliações variadas
ampliam a chance de explorar outros tipos de inteligência na sala. As outras
avaliações não devem ser vistas como um trabalhinho para dar nota e ajudar na
prova, mas como um processo orgânico de diminuir um pouco a eterna
subjetividade da avaliação.
-OITAVO
MANDAMENTO: USAR O MUNDO NA SALA DE AULA!
O mundo está permeado pela
televisão, pela Internet, pelos jornais, pelas revistas, pelas músicas de
sucesso. A escola e a sala de aula precisam dialogar com este mundo. Os alunos
em geral não gostam do espaço da sala porque ele tem muito de artificial, de
deslocado, de fora do seu interesse. Usar o mundo da comunicação contemporânea
não significa repetir o mundo da comunicação contemporânea; mas estabelecer um
gancho com a percepção do meu aluno.
-NONO MANDAMENTO:
ANALISAR-SE PESSOALMENTE!
A primeira pessoa que deve
responder aos questionamentos da educação é o professor. Somos nós que devemos
saber qual o motivo de dar tal coisa, qual a relevância, qual a utilidade de
tal leitura. O professor é o primeiro que deve saber como tal ciência
transformou a sua vida. Isto implica fazer toda espécie de questão, mesmo as
incômodas. Se eu não fico lendo tal autor por prazer e nem o levo aos meus
passeios como posso exigir que um jovem ou uma criança o façam? Qual a
coerência do meu trabalho? Minha irritação com a turma indisciplinada é uma
espécie de raiva por saber que eles estão certos? Minha formação permanente me
indica novos caminhos? Estou repetindo fórmulas que deram certo quando eu era
aluno há 20 ou mais anos? É necessário um exercício analítico-crítico muito
denso para que eu enfrente o mais duro olhar do planeta: o do meu aluno.
-DÉCIMO
MANDAMENTO: SER PACIENTE!
Hoje eu acho que ser paciente
é a maior virtude do professor. Não a clássica paciência de não esganar um
adolescente numa última aula de sexta-feira, mas a paciência de saber que, como
dizia Rubem Alves, plantamos carvalhos e não eucaliptos. Nossa tarefa é
constante, difícil, com resultados pouco visíveis a médio prazo. Porém, se você
está lendo este texto, lembre-se: houve uma professora ou um professor que o
alfabetizou, que pegou na sua mão e ensinou, dezenas de vezes, a fazer a
simples curva da letra O. Graças a estas paciências, somos o que somos. O
modelo da paciência pedagógica é a recomendação materna para escovar os dentes:
foi repetida quatro vezes ao dia, durante mais de uma década, com erros diários
e recaídas diárias. As mães poderiam dizer: já que vocês não querem nada com o
que é melhor para vocês, permaneçam do jeito que estão que eu não vou mais
gritar sobre isto (típica frase de sala de aula…) . Sem estas paciências,
seríamos analfabetos e banguelas. Não devamos oferecer menos ao nosso aluno,
especialmente ao aluno que não merece nem quer esta paciência este é o que
necessita urgentemente dela. O doente precisa do médico, não o sadio. O
aluno-problema precisa de nós, não o brilhante e limpo discípulo da primeira
carteira.
Há alguns anos eu falava de
alguns destes princípios e uma senhora redarguiu dizendo que ela fazia tudo
isto e muito mais e, mesmo assim, os alunos estavam cada vez piores e com menos
resultados. Olhei para esta professora e senti nela o reflexo de meus cansaços
também. A única coisa que me ocorreu lembrar é uma alegoria, com a qual encerro
este texto:
Na nossa cultura há um modelo
de professor: Jesus. A maioria absoluta das pessoas no Brasil é cristã, mas a
alegoria serve também para os que não são. Tomemos a história de Jesus
independente da nossa orientação religiosa. Comparemos: Jesus teve 12 alunos
escolhidos por ele! Eu tenho 30, 60, 100, escolhidos por um rigoroso processo
de seleção: inscreveu, pagou, entrou. Jesus teve alunos em tempo integral por
três anos: eu tenho por duas ou quatro aulas semanais, por um período mais
curto. Os alunos de Jesus deixaram tudo para segui-lo, o meu não deixa quase
nada e não quer acompanhar nem meu pensamento, quanto mais minhas propostas
existenciais. Fiel aos novos ditames do MEC, Jesus deu um curso superior em
três anos. Para quem acredita, Ele fazia milagres, coisa que nós certamente não
fazemos naquele sentido. A aula, de Jesus, assim, era reforçada por work-shops.
A autoestima e a confiança de Jesus era enorme: o cara simplesmente dizia que
era o Filho de Deus, que ressuscitava mortos, andava sobre as águas, passava
quarenta dias sem comer e não tinha medo de ninguém. Eu não tenho esta
convicção. Melhor: as aulas eram ao ar livre, sem coordenação, sem direção, sem
colegas e os pais dos alunos não apareciam para reclamar! Bem, após 3 anos de
curso intenso com todos estes reforços, chegou a prova final. Na agonia do
Horto os três melhores alunos dormiram, quando o Mestre estava chorando sangue.
O tesoureiro da turma denunciou o professor à Delegacia de Educação por 30
moedas. O líder da classe, Pedro, negou que tivesse tido aula por três vezes
diante da supervisora de ensino: nunca vi este cara antes… Outros nove fugiram
sem dar notícia e não compareceram à prova final: o Calvário. O mais novo e
bobinho, João, foi até lá, mas não fez nada para impedir que os guardas
matassem o professor. Se considerarmos João, com boa vontade, o único aprovado,
teremos uma média de êxito de 8.33%, baixa demais para os padrões das
Delegacias de Ensino e alvo de demissão sumária por justa causa. O professor
morreu e, para quem acredita, voltou para uma recuperação de férias. Reuniu os
reprovados e disse: mais uma chance. Um dos alunos, Tomé, pediu para colocar o
dedo no diploma do professor para ver se era de verdade. Primeira pergunta do
líder da turma, Pedro: “Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?”
Ou seja, o melhor aluno não aprendeu nada! Esta pergunta mostra o oposto da
aula dada, pois ele achou que o curso tinha sido sobre política e, na verdade,
tinha sido sobre Teologia… Objetivos não atingidos: 100% ! Novos milagres, mais
40 dias defeedback, apostilas, recuperação, reforço de férias. Final de curso
pirotécnico: subiu ao céu entre nuvens e anjos assistentes-pedagógicos disseram
que o mestre tinha ido para a sala dos professores eterna e não mais voltaria.
O curso estava encerrado, todas as lições tinham sido dadas para aquela nata de
11 homens. O que eles fizeram? Foram se esconder numa casa, todos apavorados. O
mestre mandou um módulo auto instrucional de reforço, o Espírito Santo, um
anabolizante. Só então, com uma força externa, eles começaram a entender, e
finalmente tiveram aquela famosa reação bovina: HUMMMM…
Bem, eu disse à professora que me questionava: se Jesus teve tantos insucessos apesar de condições tão boas, a senhora quer ser mais do que Ele? Hoje eu diria para qualquer profissional: faça o máximo, mas apenas o máximo, e deixem o resto por conta do resto. A frase parece autista, mas é muito importante. Nós temos um limite: a vontade do aluno, da instituição e da sociedade como um todo. Não transformamos nada sozinhos, mas transformamos. O primeiro passo é a vontade. O segundo começa daqui a pouco, naquela sala difícil, com aquela turma sentada no fundo e naqueles angustiantes dez minutos que você vai levar para conseguir fazer a chamada… Vamos lá?
Bem, eu disse à professora que me questionava: se Jesus teve tantos insucessos apesar de condições tão boas, a senhora quer ser mais do que Ele? Hoje eu diria para qualquer profissional: faça o máximo, mas apenas o máximo, e deixem o resto por conta do resto. A frase parece autista, mas é muito importante. Nós temos um limite: a vontade do aluno, da instituição e da sociedade como um todo. Não transformamos nada sozinhos, mas transformamos. O primeiro passo é a vontade. O segundo começa daqui a pouco, naquela sala difícil, com aquela turma sentada no fundo e naqueles angustiantes dez minutos que você vai levar para conseguir fazer a chamada… Vamos lá?
Leandro
Karnal
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
...
Toda vez que ousamos dizer o que sentimos nós aceitamos o risco de que o
sagrado do sentimento seja banalizado.
Vez em quando convém o silêncio, a convivência
solitária que nos ajuda a desvendar o enigma que nos habita. Nem tudo o que sentimos é verdadeiro. O
sentimento que nos parece tão convincente pode ser um impulso provocado pelas
forças do instante. Somos vulneráveis às invasões de olhares, palavras,
situações. E tudo isso passeia pelas nossas veias, viaja em nós. E por isso necessitamos da introspecção
silenciosa. Só ela é capaz de desconstruir os equívocos que alimentamos, e
expulsar o que não nos pertence.Não tenha pressa em publicar suas alegrias ou
tristezas. Conviva com elas antes de colocá-las nas janelas da vida. Nem tudo a
palavra sabe dizer. E ainda que saiba, nem tudo precisa ser dito.
Pe. Fábio de Melo
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
CAPELA DOS OSSOS...
Há uma capela feita de ossos humanos em Évora
(Portugal). Uma igreja para refletir sobre uma das maiores mensagens das
religiões. Vamos morrer e esse mundo é apenas algo temporário. A ideia central
é pensar no que é mais importante em nossa vida, e o mais importante não é o
corpo.
Na entrada da capela está escrito: “Os nossos ossos esperam pelos
vossos”. Diriam os mortos: “És o que fomos, serás o que somos”.
Conta a história que Chico Xavier descansava em sua
humilde casa, e um homem ao ver que havia apenas uma cama e um pequeno
banquinho, indagou a Chico: “Você é tão conhecido e aclamado por todos e na sua
casa não há praticamente nada? Ao que Xavier prontamente respondeu: “Claro, meu
amigo. “Eu estou aqui só de passagem.”
O poeta português Fernando Pessoa em um de seus
poemas, sabiamente declara: “A morte é a curva da estrada, morrer é só não ser
visto.”
A morte é rápida, não espera, é traiçoeira e nos ronda todos os dias até chegar o momento marcado.
A morte é rápida, não espera, é traiçoeira e nos ronda todos os dias até chegar o momento marcado.
Tudo passa, as coisas se vão em um instante. Todas
as vaidades terminam em nada. Os cemitérios estão cheios de pessoas boas, más,
velhas ou jovens. A morte é um lugar onde todos se igualam em um mesmo tamanho.
E você? Onde passará a eternidade? Ou, se não acredita no eterno; onde estará
depois de haver morrido?
Eduardo Araújo
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
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