Conta-se que certo
homem sofreu tamanha calúnia que ficou gravemente doente. O caluniador
havia feito um grande estrago em sua vida.
Constrangido
por outros a ir ao homem que estava à beira da morte e pedir perdão pelos seus
atos, o caluniador foi até lá com um tremendo peso na consciência.
Ao
chegar à presença daquele homem, rogou-lhe desculpas e perdão e ouviu a
seguinte resposta: “Eu o perdoo de todas as suas palavras contra mim mas, há
duas coisas que desejo que você faça. Será que poderá realizá-las?”
Amargurado,
o caluniador respondeu: “Farei o possível para cumprir seus últimos desejos”.
Então
o moribundo homem fez um maior esforço e solicitou: “Pegue este travesseiro que
está embaixo da minha cabeça, vá até aquele monte em frente à minha casa e
solte todas as plumas ao vento; espalhe bem e por toda a parte, depois,
traga-me o saco vazio”
Mais
que depressa o caluniador dispôs-se a cumprir o pedido. Não foi difícil soltar
aquelas penas de travesseiro ao vento, pelo que, logo ele estava de volta.
Ao
receber o saco de pano de volta, o moribundo fez então o segundo pedido: “Muito
bem. Agora, pegue este saco vazio, volte lá onde você espalhou as plumas e
apanhe uma por uma, pena por pena, encha este travesseiro de novo e me traga de
volta!”
Com
um terrível sentimento, o difamador replicou: “Mas isto é impossível! Eu não
poderei juntar todas as penas. O ventou espalhou por muitos lugares…”
E
então o doente proferiu suas últimas palavras:
“Eu
te perdoo de todas as suas palavras contra mim, mas você jamais poderá
consertar o estrago que fez à minha vida e à minha imagem diante de todos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário