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terça-feira, 2 de maio de 2017

SE VOCÊ PUDESSE...

Conta-se que certo homem sofreu tamanha calúnia que ficou gravemente doente. O caluniador havia feito um grande estrago em sua vida.
Constrangido por outros a ir ao homem que estava à beira da morte e pedir perdão pelos seus atos, o caluniador foi até lá com um tremendo peso na consciência.
Ao chegar à presença daquele homem, rogou-lhe desculpas e perdão e ouviu a seguinte resposta: “Eu o perdoo de todas as suas palavras contra mim mas, há duas coisas que desejo que você faça. Será que poderá realizá-las?”
Amargurado, o caluniador respondeu: “Farei o possível para cumprir seus últimos desejos”.
Então o moribundo homem fez um maior esforço e solicitou: “Pegue este travesseiro que está embaixo da minha cabeça, vá até aquele monte em frente à minha casa e solte todas as plumas ao vento; espalhe bem e por toda a parte, depois, traga-me o saco vazio”
Mais que depressa o caluniador dispôs-se a cumprir o pedido. Não foi difícil soltar aquelas penas de travesseiro ao vento, pelo que, logo ele estava de volta.
Ao receber o saco de pano de volta, o moribundo fez então o segundo pedido: “Muito bem. Agora, pegue este saco vazio, volte lá onde você espalhou as plumas e apanhe uma por uma, pena por pena, encha este travesseiro de novo e me traga de volta!”
Com um terrível sentimento, o difamador replicou: “Mas isto é impossível! Eu não poderei juntar todas as penas. O ventou espalhou por muitos lugares…”
E então o doente proferiu suas últimas palavras:
“Eu te perdoo de todas as suas palavras contra mim, mas você jamais poderá consertar o estrago que fez à minha vida e à minha imagem diante de todos”. 

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