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sábado, 31 de julho de 2010

CERTO OU ERRADO...


O que é certo e o que é errado afinal? Não vou aqui falar das questões morais ou politicamente corretas, etc. e tal, como cumprir leis e ser ético, por exemplo, isso todos nós sabemos. Quero falar sobre aquela sensação que temos na hora de tomarmos uma decisão, por menor que ela seja.
Antes demais nada, se formos pensar mesmo, de verdade e um pouco mais profundamente que o normal, poderíamos dizer que toda decisão tem lá sua importância. Assim, sendo, no exato momento em que temos que decidir entre “A” ou “B”, bate aquela última dúvida: Estou fazendo o certo ou o errado?
Como não poderia deixar de ser, vou me “usar” como exemplo e dizer o que é que acontece quando tenho que decidir algo. Além dessa pergunta aí de cima sobre certo ou errado, eu me bombardeio com mais perguntas e uma das principais é: Certo pra quem? Errado pra quem?
Preciso dizer que eu sou mega master egoísta? Ok, eu digo, como sou mega master egoísta, é óbvio que penso em certo ou errado para mim, em primeiro lugar. Na verdade, vou confessar que só penso em certo ou errado para os outros, lá pelo décimo lugar.
Felizmente, ou infelizmente, nem todo mundo é assim. Exatamente por não serem assim é que muitas das decisões são seguidas de arrependimento porque – podem perceber – quanto mais pensamos nos outros em primeiro lugar, menos reconhecimento temos. Menos recebemos de volta, enfim, é uma porcaria de atitude pensar antes no próximo. Pronto, é isso. (Ia colocar #prontofalei, mas seria “Twittar de mais)
Voltando ao que interessa, deixando os outros de lado, percebam que sendo assim, as minhas perguntas “extras”, certo ou errado para quem, não fazem o menor sentido. Mas é o que acontece, minha mente faz isso comigo, me enche de incertezas na hora de uma decisão, e pior, minha própria mente me trai fazendo com que eu esqueça meu lado egoísta e pare para pensar nos outros. Na boa, isso não é coisa que se faça…
Pensando nisso desde sempre, chego à conclusão que tudo isso tem a ver com a conseqüência das conseqüências das decisões que tomo… mais ou menos assim: Tomo uma decisão e é óbvio que ela afeta outras pessoas. A conseqüência disso é que serei afetado, mais cedo ou mais tarde, pela atitude que a pessoa tomará em relação à minha primeira atitude. Nossa, isso está mega confuso… Melhor você aí do outro lado reler esse parágrafo.
Esse pequeno medo paralisante que dá na hora da tomada de uma decisão nada mais é do que se perguntar se estou ou não preparado para o que virá do outro lado. É fato que uma atitude tomada não tem mais volta, mesmo que a gente se arrependa do que fez, o que foi feito está marcado para sempre. Repito, por mais que os bons Samaritanos insistam em dizer que se deve perdoar os erros dos outros, isso é balela, ninguém esquece algo grave. Nunca!
Isto posto, o que é que devemos fazer? Bem, pensar antes é uma saída, mas sinceramente, poucas pessoas agem assim, normalmente fazem e só depois do estrago é que se dão conta do que estragaram. E olha só uma coisa, nossos Egos têm uma habilidade em destruir coisas boas que vou te falar, viu?
E isso vale para todos os lados, para quem fez uma bobagem, para quem supostamente perdoa, para quem reage e para quem fica imobilizado. Mais ou menos como se quase sempre a gente tomasse uma atitude que vai nos desagradar em algum momento futuro.
Os psicólogos logo no primeiro dia de aula nos falam o seguinte: Certo ou errado não existe!
Será mesmo verdade? Pois bem, levando essa “aula” em consideração, poderíamos afirmar sem medo de errar que, se o certo ou o errado não existem de fato, não deveríamos nos preocupar com isso nunca, o que significa dizer que temos que ser egoístas e ponto final.
Claro que sim, se não existe certo ou errado, por que é que temos que nos preocupar com as conseqüências de nossos atos? Eles estão sempre certos, oras. Ou sempre errados… Você aí que decida.
E… agüente as conseqüências, porque uma coisa te falo, elas virão!

Marcelo Mello

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