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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

QUEM AMA...

Quem ama sente ciúmes, muito ou pouco não importa, mas sente, sim. Quem deixou de amar já não se importa e deixa o outro totalmente à vontade, para que ele próprio possa estar também assim.

Quem ama - vez por outra - dá uma patrulhada no território e delimita as suas fronteiras. Quem deixou de amar já não fiscaliza, é frio, controlado e jamais perde as estribeiras.

Quem ama sempre acha tempo e encontra um jeito para estar com seu amor. Quem deixou de amar vai postergando sem pressa, deixando que o vento sopre a seu favor.

Quem ama faz perguntas pessoais e usa muito o pronome "nós". Quem deixou de amar conversa banalidades e esquece o significado do advérbio "a sós".

Quem ama quer saber da vida do outro com detalhes e transparência. Quem deixou de amar se esquiva e não cobra do outro mais nada, nem ao menos coerência.

Quem ama é pródigo em e-mails, telefonemas e com muito carinho dá um jeitinho de marcar presença. Quem deixou de amar é pródigo em desculpas e pretextos com os quais passa um verniz para disfarçar a indiferença.

Quem ama é naturalmente fiel e está sempre voltado às necessidades do outro ser. Quem deixou de amar só é fiel a si próprio e ao seu bem-estar e já não percebe os danos que causa, querendo ou sem querer.


Quem ama, mas não pode corresponder por imperativo das circunstâncias,
abre o jogo e é sincero. Quem deixou de amar não descarta o outro do baralho, para o caso de uma eventualidade.


Será que neste momento tu amas ou deixaste de amar? Se já não amas, com certeza irás calar ou talvez até dizer:
- Face ao exposto, nada tenho a declarar!

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