Viver verdadeiramente e intensamente não é nada simples.
É preciso ter coragem para retirar as máscaras de proteção.
Aceitar o óbvio. Encarar as valas, passar pelas pontes, pular a cerca, subir as
escadas, atravessar a rua, quebrar as regras sem quebrar conceitos, empinar
pipas sem encostar-se aos fios, lavar as janelas sujas para enxergar o dia,
pescar cuidadosamente a alegria e empurrar a maldade, dormir pra sonhar e
acordar para realizar, sujar os pés na lama e depois lavar, tomar sorvete se
lambuzando para aproveitar o sabor, lamber o dedo e virar a página, decorar o
texto e improvisar os esquecimentos.
Caímos aqui, então o melhor é viver. Pé na tábua e boa sorte.
Ita Portugal
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