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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O QUASE...


Quem ficou no "quase", teve aquela sensação próxima da realização, e ficou com o gosto amargo na boca, com aperto no coração.

Foi "1 número" que faltou na loteria, um sim que não veio e tudo mudaria.
Uma mudança de última hora, um vento contrário que veio de fora.
Uma palavra que não caiu bem, uma retribuição que nunca vem...

Quem já se perdeu no "quase", sente uma ausência, é como noivo esperando no altar, e a noiva não vem.
Falta tudo, principalmente a paciência.

O quase é um sonho desencontrado, uma placa de sinalização que leva para a contra-mão, quebra o encanto, machuca o coração.

Resta a incerteza e um estranho medo de tentar de novo.
Aquela angústia mista de esperança e dúvida.
Apenas uma certeza: vivemos uma experiência, estamos mais maduros, prontos para concretizar.

O "quase" não resiste aos que não desistem, e se perde na insistência dos que acreditam, que tudo pode ser novo de novo, e insistem.

Gente que não desiste de lutar, porque sabe que nasceu para amar, e o amor não é metade, não é quase.

O amor é pleno, inteiro e real, sentimento que não se vê, se percebe: e de tão estranho, quanto mais se dá,
mais se recebe!

Paulo Roberto Gaefke

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